sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

NATAL 2012

"Celebrar verdadeiramente o Natal significa meditar e preparar sua mente para essa ocasião sagrada, de modo que você possa experimentar em seu interior o nascimento de uma nova consciência de fraternidade universal e amor por todas as criaturas vivas."
                                                                                           Yogananda

          
Meus queridos,
          Bênçãos natalinas, honrando o nascimento do Senhor Jesus na forma finita de um menino, na qual estava encarnado o Cristo Infinito - a onipresença de Deus na criação! Rezo para que  vocês experimentem, em seu coração e em sua alma, o amor, a paz e a alegria universais de Cristo, que se manifestaram em Jesus. Celebrem o Natal com a percepção espiritual interna do amor e da luz de Deus que expandem a consciência - o auxílio e o amparo, invisíveis mas incessantes, que Deus concede através de seus emissários ao longo das eras. Mantenham seus pensamentos e sentimentos sintonizados com fé nessa bênção a fim de receber plenamente as dádivas divinas da elevação espiritual que lhes são oferecidas com especial amor e graça durante esta época sagrada. As vibrações de paz e alegria em suas festividades aliviarão o peso das preocupações e incertezas diárias, concedendo-lhes, no calmo centro de seu próprio ser, uma convicção intuitiva sobre as qualidades que refletem Deus e sobre os potenciais que transcendem qualquer limitação.

            Durante esta época sagrada, possam vocês receber generosas bênçãos, como dádivas natalinas do amor de Deus, de Cristo, da Mãe Divina e de todos os Santos do Ceu.
                                                                                           Com meu coração,
                                                                                                      Professor Zeca
                                                                                      21 de  dezembro de 2012

Minhas imagens








sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O LIVRO SEM FUTURO

Editora argentina lança obra cuja tinta desaparece aos poucos

Qual o futuro dos livros? Como quem responde a essa difícil pergunta, a editora argentina Eterna Cadencia publicou uma edição que, em vez de durar anos, já vem com data de validade. Com o título segestivo de O futuro não é nosso, o primeiro volume da coleção O livro que não pode esperar é dedicado aos novos autores da literatura latino-americana, entre os quais se encontra o escritor brasileiro Santiago Nazarian. A obra foi impressa com uma tinta especial, desenvolvida pelo químico Alejandro Abalos, e em contato com o ar e a luz desaparece lentamente. O texto do livro, que é vendido numa embalagem a vácuo, permanece visível por mais ou menos dois meses depois de aberto.(Colaborou Renata de Albuquerque)

                                        Revista Metáfora - nº 11- 2012

O OUTUNO DE GARCÍA MÁRQUEZ

Escritor colombiano abandona a carreira literária por motivos de saúde

Gabriel García Máquez, vencedor do Nobel de Literatura de 1982, autor de obras-primas como Cem anos de solidão e Amor nos tempos do cólera, entre muitos outros livros que transitam entre o jornalismo literário e o realismo mágico, está abandonando a literatura - e, ao que tudo indica, para sempre. Seu irmão Jaime García Márquez anunciou à imprensa que, aos 86 anos, "Gabo" (apelido do escritor) apresenta demência senil. Há anos o autor sofria do mal, que só agora foi confirmado pela família. Assim, a segunda parte da autobiografia de García Márquez, Viver para contar, não poderá ser finalizada. "Infelizmente acho que não será possível, mas tomara que esteja errado", lamentou Jaime.
                                                                              
                                                                            Revista Metáfora - nº 11- 2012

O OUTUNO DE GARCÍA MÁRQUEZ

Escritor colombiano abandona a carreira literária por motivos de saúde

Gabriel García Márquez, vencedor do Nobel de Literatura de 1982, autor de obras-primas como Cem anos de solidão  e  Amor nos tempos do cólera, entre muitos outros livros que transitam entre o jornalismo literário e o realismo mágico, está abandonando a literatura - e, ao que tudo indica, para sempre. Seu irmão Jaime García Márquez anunciou à imprensa que, aos 86 anos, "Gabo" (apelido do escritor) apresenta demência senil. Há anos o autor sofria do mal, que só agora foi confirmado pela família. Assim, a segunda parte da autobiografia de García Márquez, Viver para contar, não poderá ser finalizada. "Infelizmente acho que não será possível, mas tomara que esteja errado", lamentou Jaime. 
Revista Metáfora - Nº

domingo, 12 de agosto de 2012

JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que somba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
 já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
seua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta:
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
par se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José?
José, para onde?

                                      Carlos Drummond de Andrade


terça-feira, 24 de julho de 2012

O professor de literatura

Jorge Amado conta no livro autobiográfico
O menino grapiúna(1991) que foi um professor de português, o padre Luiz Gonzaga Cabral, o primeiro a dizer que ele seria escritor. Foi no Colégio Antonio Vieira, dos jesuítas, onde cursou o ensino médio. O professor pediu à turma uma descrição de "mar". Jorge escreveu sobre o mar de Ilhéus.
"Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula.(...) Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos."
Jorge Amado considerava o padre um herege, mas só nos métodos de ensino.
"Em lugar de nos fazer analisar Os Lusíadas, tentando descobrir o sujeito oculto e dividir as orações, reduzindo o poema a complicado texto para as questões gramaticais, fazendo-nos odiar Camões, o padre Cabral, para seu deleite e nosso escantamento, declamava para os alunos episódios da epopeia.(...)
                                                                      (Revista Metáfora, nº 10, ano 1)

Você e a leitura; eu e ela

Não estou convencida de que alguém queira ser escritor se essa pessoa não lê. Não creio também que o problema seja a necessidade de ler mais; acredito que essas pessoas precisem rever suas metas na vida. A leitura é uma espécie de nutrição que permite você produzir um trabalho interessante. Ler coisas boas. Sinto que você deve ler aquilo que você gostaria de escrever. Nada menos que isso.
                                                                        
                             Jennifer Egar(1962), escritora norte-americana
                              (Transcrito da Revista Metáfora, nº 10, ano 1)


Escrever é em grande parte responder à solidão.
                                                         Cristóvão Tezza(1952), escritor
                                              (Transcrito da Revista Metáfora, nº 10, ano 1)


E é por isso que os livros nunca vão morrer. É impossível. É a única hora em que de fato entramos na mente de um estranho e descobrimos nossa humanidade em comum. Assim sendo, o livro não pertence apenas ao escritor, mas também ao leitor, e juntos vocês fazem do livro o que ele é.
                                                Paul Auster (1947), escritor norte-americano.
                                                (Transcrito da Revista Metáfora, nº 1, ano 1)

Você e a leitura; eu e ela

sexta-feira, 20 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cantiga de amigo

ATRÁS DA PORTA

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me debrucei sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pelos
Teu pijama
Nos teus pés
Ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta                                                      Chico Buarque
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me entregar a qualquer preço
Te mostrar que inda sou tua
Só pra provar que inda sou tua...

(Chico Buarque e Francis Hime)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Alunos do 1º ano A

Alunos do 2º ano A

                                                     

                                                             











sexta-feira, 6 de julho de 2012

Uma década de F L I P

Festival completa 10 anos com homenagem a Drummond

A Festa Literária Internacional de Parati chega à sua edição 2012 graúda em número de romancistas, estrangeiros e nacionais. Ao todo participam do evento 40 autores de 14 nacionalidades.
A Flip homenageia o poeta Carlos Drummond de Andrade, na cidade histórica de Parati, Rio de Janeiro, nos dias 04 a 08 de julho e promete iluminar figuras importantes do legado de Drummond e  trazer uma cerejinha do Oriente: o poeta árabe Adonis(candidato ao Nobel do ano passado).
Fernado Veríssimo, escritor gaúcho, comandou o espetáculo literário de abertura.
Entre as 20 mesas programadas para os cinco dias de evento, três estão sendo dedicadas ao homenageado, mais uma exposição e uma peça. Além disso, numa das mesas da festa esteve o crítico e imortal da ABL Antonio Carlos falando sobre o livro 25 Poemas da Triste Alegria  e  Alguma Poesia, e nunca publicados. Foi o auge do momento.
Além da homenagem a Drummond, a festa reserva atrações literárias de peso: o  norte-americano Jonathan Franzer, autor de Liberdade; a cubana Zoe Valdés que se tornou uma voz forte contra o Fidel Castro; o britânico Ian McEwan que vem fazer o lançamento mundial de ser novo romance Serena; o Nobel francês Le Clésio (é o quinto Nobel a participar da Festa);  o nobre Armando Freitas Filho, que desfrutou da companhia do mestre e traz narrativas sobre essa convivência e outras estrelas de renome.  
Será que ainda dá para ver algum lugar assim, como viu Drummond, e registrou nesse poema com tanta singeleza?

Casas entre bananeiras
   mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cahorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.
                                       ( Carlos Drummond de Andrade )

                    

terça-feira, 3 de julho de 2012

Ler me fez compreender a largueza do mundo

Os livros que mudaram a minha vida foram dois. Poesias completas, de Fernando Pessoa, e Grande Sertão: veredas, do Guimarães Rosa.
Estava no ginásio e a minha irmã mais velha tinha acabado de entrar na faculdade de Letras, na PUC, quando apareceu em casa com aquele livro de folhas fininhas e aqueles poemas... e fui me encantando com aquele jeito de juntar as palavras e, ao menos nos cinco anos seguintes, só li Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos. Li e reli e nunca me cansei. Até hoje. Foi ali que descobri que existia um jeito de juntar as palavras para deixá-las belas. E que a poesia era mais forte do que a prosa. Entusiasmo de adolescente. Eu já era jornalista, atuava no Fantástico e viajava pelo Brasil quando li Grande Sertão. As lembranças dessa época, aeroportos, bancos, lugares de espera, paisagens, quartos de hotel são todas com sotaque de sertão, palavras absolutas que me abriam novas possibilidades. Então era possível ler numa outra língua e compreender a largueza do mundo! Fiquei feliz.
                                                                                           Neide Duarte, repórter da TV Globo(Revista Metáfora,nº 9 - 2012)

Preparando-se para apresentação do seminário de Literatura.