domingo, 24 de junho de 2012

Denotação e conotação

Para que possamos falar, escrever e ler é necessário conhecer a nossa língua. Sem ela será difícil uma boa comunicação. "E quem não se comunica se trumbica." Assista ao vídeoaula e depois faremos uma mesa-redonda para discutir o assunto.

Conversa que não quero ouvir

Bonde dos comportados

Um traço marcante da obra de Machado de Assis, um dos autores mais importantes da sua geração, é a fina ironia. Sua crônica "Como comportar-se no bonde", de 1883, é uma verdadeira radiografia dos usuários de um tipo de condução que ganhava as capitais do país  -  mostra que as críticas que se fazem hoje aos incômodos telefones celulares nos transportes públicos não é algo tão novo. Os dez artigos do seu"projeto de lei" são mais um antológico deboche dirigido à sociedade da época. "Os encatarroados podem entrar nos bondes, com a condição de não tossirem mais de três vezes dentro de uma hora, e no caso de pigarro, quantro"; "Toda pessoa que sentir necessidade de contar os seus negócios íntimos, sem interesse para ninguém, deve primeiro indagar do passageiro escolhido para uma tal confidência, se ele é assaz cristão e resignado. No caso afirmativo, perguntar-lhe-á se prefere a narração ou uma descarga de pontapés...". Além da ironia, o texto mostra o contraste entre o Brasil dos sonhos da "boa sociedade" e aquele verdadeiro, que decidiu chegar de bonde à modernidade.
(Revista de História da Biblioteca Nacional,nº69,junho2011.)

Brincando com as palavras

Frase do mês

"As pessoas nunca mentem tanto quanto depois de uma caçada, durante uma guerra ou antes de uma eleição".

                            Otto von Bismarck

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Quem mente rouba

"Quem mente rouba." Essa é uma expressão de sabedoria popular. E podemos dizer que esse é o primeiro roubo: o da consciência. Você está roubando a si próprio, para tentar implantar no outro. Está roubando a honestidade do outro, tentando ludibriá-lo. Imagina se ele passa essa mentira! Se você acredita nele! Que corrente de roubos não será feita! Que intenção terá ele em fazer-se acreditar?O que terá por trás para que tal ação pudesse ser maquinada e traçada com tanta "certeza"? Como cidadão devo pensar. Aliás, foi por aprender a pensar que me tornei cidadão.
Gostaria de citar uma frase de um grande pensador alemão, para esse momento político.É do Otto von Bismarck:
"As pessoas nunca mentem tanto quanto depois de uma caçaca, durante uma guerra ou antes de uma eleição."
Mas, pensando na vida íntima, na convivência mais próxima, seria bom que nossos pais, nossos professores e nossos diretores escolares não mentissem, para que nossos alunos e filhos não saissem disseminando esse caráter dissimulado por aí.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A poeta Marilyn

Marilyn nunca envelhece.O mito Marilyn ganha, agora, ainda mais brilho.Em parte porque a figura dela protagoniza o cartaz do Festival de Cannes; e outro porque chega aos cinemas Sete dias com Marilyn.
O mais importante para nós, portanto, é que a editora Tordesilhas revela, por exemplo, as ambições intelectuais e literárias da atriz em Fragmentos. Nele, surge uma personalidade que faz da poesia e de anotações íntimas uma catarse para medos e turbulências.Vejam partes de Fragmentos:

"Não existe nada a temer
Exceto o próprio medo"

.....................................-

"no fim tudo é intangível
Meu líquido mais precioso não deve
jamais ser derramadoão Não
derrame seu líquido precioso/
Força da vida/
Todos são meus sentimentos./
Não importa o que aconteça./

Meu sentimento parece que
não/
consegue cabe em palavras"

.............................................

"Por que sinto esta tortura? ou
por que me sinto menos um
ser humano do que os outros
(sempre me senti de um jeito
como se fosse sub-humana por
que em outras palavras sou a
pior por quê?)"

domingo, 17 de junho de 2012

Doeu demais

Doeu demais
Ouvir chicote
Lapeando a tua voz.

Doeu demais
Não poder ser língua
Inversamente proporcional
À língua que te feriu

Doeu demais.
Senti vergonha
Sentado aqui
Nesta nave-mãe
Que só Deus criou,
De ouvir o fel
Que não queria que você escutasse.
Doeu demais.
Anônimo


"Está piorando menos"

Quando na década de 80 o então presidente José Sarney lançou o Plano Cruzado, que tinha o fim de combater a inflação e estabilizar a economia, um cidadão de Curitiba, à pergunta se a situação tinha melhorado, vacilou, tremeu os lábios, gaguejou um pouco e disse, por fim: "está piorando menos".
É o que está ocorrendo com nosso ensino. Ainda é ruim em muitos níveis e áreas? É. Mas está piorando menos. Há vários indicadores dessas melhoras e uma delas é que agora temos uma universidade, a USP, entre as 70 mais importantes do mundo. É pouco ter uma única universidade brasileira entre as cem mais? É. Mas está piorando menos.
Nessas mudanças, o ensino da disciplina língua portuguesa cumpre função estratégica. Os professores de quaisquer outras matérias alcançam mais facilmente os objetivos traçados nos projetos pedagógicos,  se eles e os alunso são bons em português!
É frequente que haja prejuízos mútuos no processo de ensino e aprendizagem quando proliferam erros constantes de ortografia e sintaxe. Na Medicina e no Direito, tais equívocos podem matar o paciente ou levar o cliente para a cadeia. A diferença entre veneno e remédio pode ser uma letra apenas. E um enfermeiro que lê mal uma instrução do médico pode matar aquele que ambos querem salvar.
Apesar de erros ortográficos serem os mais fáceis de perceber, os prejuízos da falta de clareza e de lógica, na fala como na escrita, se não são decisivos como o são na Medicina e no Direito, são igualmente deploráveis. E por quê? Porque quem fala e escreve sem clareza dá indícios de que ouve e lê pouco, e essa deficiência é capital para muitas outras.

sábado, 16 de junho de 2012

Jorge Amado

O Museu de Língua Portuguesa inaugurou a mostra Jorge Amado e Universal - Um olhar inusitado sobre o homem e a obra. A exposição integra o calendário oficial de homenagens aos cem anos do escritor e é chancelada pela Fundação Casa de Jorge Amado. O acervo apresenta fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes, entre outros ítens. Há documentos jamais vistos pelo público.



Fome de Poesia

Aos 47 anos de carreira e no álbum 50º, Bethânia grava, pela primeira vez, poema de sua autoria. "Não sou de mostrar o que escrevo para os outros. Escrevo para mim mesma." Ano passado, Bethânia abriu uma honrosa exceção para Carta de Amor. Em vez de queimar o texto, como já fez com tantos outros, resolveu publicá-lo em seu novo CD.

Veja trecho de "Carta de Amor" e ouça-a.

Não mexe comigo
Que eu não ando só
Não ando no breu
Não ando na treva
Eu não provo do teu fe
Eu não piso no teu chão
E pra onde você for
Não leva meu nome, não.




sexta-feira, 15 de junho de 2012

Quem sou eu?


Os estudantes devem descobrir quem são (sua realidade interior). Entretanto, a educação moderna busca ensinar aos estudantes tudo sobre o mundo, exceto o que eles são. Isto é ignorância total.


                                                                                  Sathya Sai Baba.